Suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Suicídio é agora uma grande questão de Saúde Pública em todos os países. Capacitar a equipe de atenção primária à saúde para identificar, abordar, manejar e encaminhar um suicida na comunidade é um passo importante na prevenção do suicídio. Com estes objetivos a Secretaria da Saúde de Aratiba desenvolve uma série de atividades de prevenção dentro do Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio. Segundo o médico psiquiatra, Anderson Madalozzo, que palestrou para profissionais da Saúde, da Assistência Social, da Educação, alunos e a comunidade, na tarde de quarta-feira (26/09), na Escola Municipal de Ensino Fundamental Aratiba, “a dor existencial é tão grande, que a fuga dos problemas e dos momentos de infelicidade, das tristezas e da solidão só é encontrada na tentativa de deixar de viver, a morte passa a ser a solução e o meio mais fácil para acabar com o sofrimento”. Segundo o médico, a depressão é o diagnóstico mais comum em suicídios consumados. “Todos nós nos sentimos deprimidos, tristes, solitários e instáveis de tempos em tempos, contudo, quando os sentimentos são persistentes e interferem na vida normal e cotidiana da pessoa, eles tornam-se sentimentos depressivos e levam a um de transtorno depressivo”. Atualmente no Brasil, os dados evidenciam que aproximadamente 800 pessoas tiram suas vidas por ano, sendo que os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia lideram esses números. A depressão tem sintomas muitas vezes ignorados ou não percebidos, mas que sinalizam possíveis indícios de que algo não está bem. Alguns dos sintomas comuns de depressão são: sentir-se triste durante a maior parte do dia, diariamente; perder o interesse em atividades rotineiras; perder peso (quando não em dieta) ou ganhar peso; dormir demais ou de menos ou acordar muito cedo; sentir-se cansado e fraco o tempo todo; sentir-se inútil, culpado e sem esperança; sentir-se irritado e cansado o tempo todo; sentir dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se das coisas; ter pensamentos frequentes de morte e suicídio. As pessoas frequentemente ficam constrangidas e não querem admitir que estão deprimidas, porque veem os sintomas como um “sinal de fraqueza”. As pessoas vão se familiarizando com os sentimentos associados à depressão e não os reconhecem como doença, ainda mais se a depressão vier associada à outra doença física, onde estes pacientes apresentam-se com uma ampla variedade de dores, sintomas e queixas vagas. Em Aratiba as atividades do Setembro Amarelo foram organizadas pelas Secretarias Municipais da Saúde e da Assistência Social e tiveram a participação da ACHA - Associação Comunitária Hospitalar de Aratiba.